Pronatec Brasil Sem Miséria se consolida como fator de empregabilidade

Fortaleza, 24 – A articulação entre os governos estaduais, as prefeituras e o setor produtivo na definição de vagas em cursos de qualificação profissional é um dos principais motivos do sucesso do Pronatec Brasil Sem Miséria. Segundo a assessora de projetos especiais da Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo do governo de Pernambuco, Angela Mochel, a interlocução entre todos os entes envolvidos é o segredo para o programa funcionar. “É um trabalho de formiguinha. Mas dá certo”, garante.

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A assessora foi uma das palestrantes na Oficina Regional de Inclusão Produtiva Urbana – Região Nordeste, que segue até esta quinta-feira (24), em Fortaleza (CE). Ela apresentou a experiência de sucesso do governo pernambucano, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Para Angela, o Pronatec Brasil Sem Miséria veio justamente “para ajudar a população no ingresso ao mercado de trabalho. Nós precisávamos disso. É ensino de qualidade para o mercado de trabalho”, afirmou.

Em Pernambuco, já são mais de 66,6 mil matrículas realizadas pela população de baixa renda. Lá, a estratégia de oferecer cursos levando em consideração a demanda dos empresários é aplicada desde o início do programa, em 2011. Para isso, três secretarias identificam as demandas locais e dialogam também com as empresas que se instalam no estado. E o MDS ainda apoia o desenvolvimento de ações que envolvem articulações maiores, como no Complexo Portuário de Suape e no Pólo Automotivo Fiat Chrysler.

O secretário extraordinário para Superação da Extrema Pobreza do MDS, Tiago Falcão, explica que o governo federal quer que o Pronatec Brasil Sem Miséria respeite a vocação de cada região. “A ideia é justamente deixar que os gestores de estados e municípios façam a negociação dos cursos para que as demandas locais sejam supridas de maneira independente”, disse.

Adesão – Outra experiência de sucesso apresentada na oficina regional foi a do governo de Sergipe, que conseguiu a adesão de todos os 75 municípios do estado ao Pronatec Brasil Sem Miséria. Desses, 61 já oferecem os cursos de capacitação e os demais estão em fase de implantação, de acordo com o assessor técnico da Secretaria da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social de Sergipe, Melquíades Freitas. Já são 27,5 mil matrículas realizadas no estado desde 2011. Até o final deste semestre, serão abertas mais 18,3 mil vagas.

Para Melquíades, é preciso esquecer as diferenças políticas e conversar abertamente com todas as prefeituras. “Todos abraçaram o Pronatec visando à qualificação profissional da população”, conta. Além do benefício direto à população de baixa renda, ele acredita que os cursos têm contribuído para melhorar a educação em nível estadual. “A partir do momento em que 20 mil pessoas estão qualificadas profissionalmente, melhora a educação e, consequentemente, a qualidade dos serviços oferecidos no estado.”

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